A boca de Manu

Meus olhos estão parados por ver tua boca
a língua, o brilho molhado, entreaberta, a saliva, os dentes brancos
nada mais pra acontecer, apenas
um único beijo separa-me desse belo instante.

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Manuela

Meu pensamento em ti como se nunca fosse, mas chegar
a tua boca molhada e vermelha somente ali sem nada dizer
não sei o que será que vai acontecer amanhã
uma volta, um não sei o que
e assim quase nua vejo tua vergonha ir saído do quanto
levando consigo quase todas as amarras
amanhecendo assim os nossos corpos em outros lugares.

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Grelo

Primeiro com o calor teu grelo surge
na pequena terra
esconde-se sob um capuz de pele
e como uma irada baioneta rompesse na bainha
e molha em fogo tua calcinha.
Segundo foi a boca...
linda, úmida
que ao mesmo tempo era convite e promessa.
Terceiro tua língua
macia, mole, que tudo envolve
que tudo lambe.
Agora teu grelo rubro em fogo na minha boca,
não mais se esconde
e dispara em fogo gotejando enchendo-me a boca.
E tua calcinha lá longe
nos pé da cama.
Tua boca,
tua língua,
teus dentes...
Engole tudo sem pressa de acabar.
E assim teu doce favo
inunda cada parte do meu rosto
num cheiro bom do teu xibiu.
E a tua boca vaza-me com todas as
gotas que no futuro seriam nossas crias.

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Flor do Norte

Teus seios não são mais os mesmos
sei que virgem não és,
mas o que importa ser?
Somos nós virgens então,
somos resultados do que nunca fomos
ou se seremos.
Virgens somos nós dos momentos
que nunca tivemos.
Tua ideologia não é mais a mesma,
mudou de formas, de cores e fantasias.
Teus olhos enigmas permanecem,
teus lábios ainda trazem os mesmos desejos,
mas não dizem as mesmas coisas.
Teus seios não são mais os mesmos,
Igual em tudo isso apenas eu
Que os quero como sempre quis.

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Ato

É maravilhoso está dentro de ti
minha língua,
meu dedo,
meu ser a te consumir...
É maravilhoso você em mim,
a tua língua a se debater com minha
numa caricia frenética...
É maravilhoso está dentro de ti
no pensamento
assim como estas em mim
e estará para sempre em minha vida.

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Oceano (Debaixo das estrelas)

O mar que tanto, mas
representa uma gota,
em mim,
do amor que tenho por ti.
Essa gota que cabe teu corpo
não cabe se quer meu querer.
O que seria do mar
sem teu corpo nele?
O queria de mim, agora,
sem o oceano dos teus olhos?
Debaixo das estrelas o mar cala-se
e tenta ensinar a meu coração
a não querer o que ele não pode ter.

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